A Justiça de Três de Maio condenou mais duas pessoas por envolvimento na fraude de leite no Estado. Ao acolher denúncia do Ministério Público, foram condenados o empresário Paulo Rogério Schultz e o funcionário dele, Claudir Luis Baum, a seis anos de reclusão em regime semiaberto, mais pagamento de multa. Os dois foram investigados pela Operação Leite Compen$ado 2.
Na sentença, a Juíza Eliane Lopes frisou que a conduta dos condenados é “repugnante, afetando o alimento que é utilizado por crianças e idosos. Também, tinha conhecimento do caráter ilícito do fato e poderia agir de outro modo”. Ainda, reiterou que “as consequências do fato foram enormes, várias marcas de leite tiveram que retirar o produto do mercado, já que estava contaminado com formol, afetando um número incalculável de pessoas no Estado do Rio Grande do Sul”.
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Desde maio de 2013, 66 pessoas foram presas, 151 denunciadas pelo Ministério Público e 16 condenadas pela Justiça por adulteração do leite e organização criminosa.
Leite Compen$ado II
Em 22 de maio de 2013, o Ministério Público cumpriu cinco mandados de prisão e sete de busca e apreensão nos municípios de Rondinha, Boa Vista do Buricá e Horizontina. Foram apreendidos três caminhões utilizados para o transporte de leite, notas fiscais que comprovam a aquisição de ureia e planilhas com os dados do recolhimento do produto alimentício junto a produtores.
Na residência do transportador Paulo Rogério Schultz, foi encontrado um escrito contendo a fórmula utilizada para a adulteração do leite a partir da adição de uma substância semelhante à ureia e que possui formol em sua composição. Com o aumento do volume do leite transportado, os “leiteiros” lucravam 10% a mais que os 7% já pagos sobre o preço do leite cru.