A Justiça decretou a liberdade provisória aos sete homens acusados de matar duas crianças em um suposto ritual de magia negra. Eles haviam presos entre os meses de dezembro de 2017 e janeiro deste ano após depoimento de testemunhas que apontavam para o envolvimento deles.
O pedido de soltura foi formulado pelo delegado Rogério Baggio, responsável pelo caso. A decisão pela liberdade é da juíza de direito Angela Roberta Paps Dumerque, da Vara do Júri da Comarca de Novo Hamburgo.
Conforme a Polícia Civil, uma das três testemunhas arroladas no processo voltou atrás em sua versão dos fatos e afirmou que foi coagida a mentir aos policiais. Outra testemunha foi presa por falso testemunho e denunciação caluniosa nesta quarta-feira (7).
Por conta dos novos fatos, o caso sofreu uma reviravolta e retornou ao início, inviabilizando juridicamente a prisão dos, até então, acusados pelo crime.
A suspeita da polícia, até hoje pela manhã, era que as vítimas tenham sido mortas em um ritual satanista para atrair prosperidade. Parte dos corpos esquartejados foram encontrados na Estrada Porto das Tranqueiras, em Lomba Grande, no mês de setembro do ano passado.
Desde 27 de dezembro estavam presos o líder de um templo satânico, que se intitula bruxo e dois homens apontados como participantes do ritual. Depois, já em janeiro deste ano, foram presos mais dois acusados.
Quem estava preso
- Sílvio Fernandes Rodrigues, líder do templo e, segundo a polícia, quem comandou o ritual satanista;
- Jair da Silva, sócio de uma empresa que atua no ramo imobiliário e quem teria encomendado o ritual a “mestre” Sílvio;
- Paulo Ademir Norbert da Silva, sócio de Jair no ramo imobiliário e que teria pago parte da quantia exigida pelo bruxo.
- Andrei Jorge da Silva, um dos filhos de Jair, que teria participado do ritual;
- Márcio Miranda Brustolin, também teria participado do ritual.
Quem era considerado foragido
- Jorge Adrian Alves, um argentino que teria trocado um caminhão roubado no país vizinho pelas crianças que seriam sacrificadas;
- Anderson da Silva, outro filho de Jair e que, também, teria participado do ritual