Os quatro réus do Caso Bernardo irão à júri popular após decisão do juiz Marcos Luís Agostini, da 1ª Vara da Comarca de Três Passos. São acusados de envolvimento na morte de Bernardo Boldrini, em Três Passos no ano passado, o médico Leandro Boldrini, pai da criança; a madrasta Graciele Ugulini; a amiga dela Edelvânia Wirganovicz; e Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia.
Bernardo desapareceu no dia 4 de abril de 2014, aos 11 anos. Seu corpo só foi encontrado no dia 14, enterrado em uma área rural de Frederico Westphalen. Segundo as investigações da Polícia Civil, o menino morreu em razão de uma superdosagem do sedativo midazolan. Graciele e Edelvânia teriam dado o remédio que causou a morte do garoto e depois recebido a ajuda de Evandro para enterrar o corpo. A relação da madrasta com a criança era, conforme as investigações, péssima ao ponto de ocorrerem ofensas gratuitas.
Conforme a sentença do juiz, há provas e indícios suficientes da autoria do crime pelos quatro réus. Por conta disso, jurados devem decidir pela inocência ou culpa para os crimes de homicídio quadruplamente qualificado, no caso de Leandro e Graciele; triplamente qualificado, no caso de Edelvânia; e duplamente qualificado, no caso de Evandro; ocultação de cadáver e falsidade ideológica de Leandro Boldrini. Ainda cabe recurso da decisão de Agostini.