O inquérito policial que investigava a tese de homicídio no caso da morte de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo Boldrini (morto em 2014) deve ser arquivado. A decisão é da Juíza de Direito Vivian Feliciano e foi proferida ontem (22).
A decisão diz que “as inconformidades da parte interessada não trouxeram elementos novos, desconhecidos da autoridade policial, a serem investigados, tampouco, mostram-se suficientes para afastar o conjunto de provas que apontam para o suicídio da vítima”, afirmou a magistrada.
Segundo o inquérito policial, a mãe de Bernardo morreu após dar um tiro na boca, em fevereiro de 2010, dentro da clínica do então marido, Leandro Boldrini. O inquérito foi reaberto no ano passado após uma perícia contratada pela família de Odilaine apontar que a carta de suicídio não teria sido escrita por ela. No inquérito policial, consta que ela comprou um revólver calibre 38 pouco antes de ir à clinica.
A investigação havia sido desarquivada a pedido da mãe de Odilaine, Jussara Uglione, após peritos contratados por ela concluírem que a carta supostamente deixada pela filha, antes de morrer, teria sido escrita por outra pessoa. Conforme seu advogado, Marlon Taborda, o trabalho da polícia é fundamental para “confirmação ou confrontação dos pontos obscuros” a respeito do incidente de 2010.
Caso Bernardo
O corpo de Bernardo Boldrini foi encontrado no dia 14 de abril de 2014, enterrado em um matagal na área rural de Frederico Westphalen. Segundo as investigações da Polícia Civil, o menino foi morto com uma superdosagem do sedativo midazolan. Graciele Ugulini e Edelvânia Wirganovicz teriam dado o remédio que causou a morte do garoto e depois teriam recebido a ajuda de Evandro para enterrar o corpo.
A denúncia do Ministério Público apontou que Leandro Boldrini atuou no crime de homicídio e ocultação de cadáver como mentor, juntamente com Graciele. O caso ainda não foi julgado.