A inflação, excluídos impactos temporários, está “em níveis confortáveis”, concluiu o Banco Central (BC) no Relatório de Inflação, divulgado hoje (26).
No relatório, o BC apresenta vários cenários para a inflação. Para produzir esses cenários, o BC considera projeções para a taxa básica de juros, a Selic, e para o câmbio.
No cenário com estimativas do mercado financeiro para as taxas Selic (5% ao ano no fim de 2019 e 2020) e de câmbio (R$ 3,90 no final deste ano e de 2020), a projeção indica que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo finaliza 2019 em 3,3% e sobe para 3,6%, 3,7% e 3,8% em 2020, 2021 e 2022, respectivamente.
Em relação ao Relatório de Inflação de junho de 2019, a projeção reduziu em cerca de 0,3 ponto percentual para 2019 e 2020 e 0,2 ponto percentual para 2021.
No cenário com taxas Selic e de câmbio constantes em 6% ao ano e R$ 4,05, respectivamente, a inflação termina 2019 3,4% e sobe para 3,6%, 3,7% e 3,9% aos finais de 2020, 2021 e 2022, nessa ordem.
Na comparação com o relatório anterior, as projeções recuaram de 0,2 ponto percentual para 2019, 0,1 ponto para 2020 e 0,2 ponto percentual para 2021.
No cenário com taxa de câmbio constante (R$ 4,05) e taxa Selic da pesquisa ao mercado financeiro (5% ao ano), as projeções de inflação são 3,4% para 2019, 3,8% para 2020 e 3,7% para 2021 e 2022.
Por fim, no cenário com taxa de câmbio da pesquisa Focus (R$ 3,90) e taxa Selic constante (6% ao ano), as projeções de inflação são 3,3%, 3,4% 3,6% e 4% para 2019, 2020, 2021 e 2022, respectivamente.
Meta de inflação
O BC tem que perseguir a meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional. Essa meta é 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
Quando o Comitê de Política Monetária aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.