O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) avançou 6,2 pontos em novembro e foi para 97,0 pontos, interrompendo uma sequência de oito quedas consecutivas.
Divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), os números mostram que o indicador também apresentou tendência ascendente pela métrica de médias móveis trimestrais, com crescimento de 0,9 ponto em relação a outubro.
Os números divulgados hoje (6) pela FGV, no Rio de Janeiro, constataram queda de 1,3 ponto em novembro, indo o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) para 98,9 pontos. Assim forma, o indicador retornou ao patamar de novembro do ano passado, após visitar a casa dos 100 pontos em outubro.
O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado. Na avaliação do economista da FGV Fernando Holanda Barbosa, a queda no indicador em novembro reflete a realidade vivida pelo país, que convive com um mercado de trabalho bastante difícil e uma taxa de desemprego elevada.
“O Indicador Coincidente de Desemprego permanece oscilando em torno de um mesmo patamar elevado ao longo do último ano. Isto indica um mercado de trabalho bastante difícil, que caminha em linha com a elevada taxa de desemprego observada no país” disse. Para o economista, “uma queda mais significativa do ICD somente deve ocorrer com uma melhora mais robusta do nível de atividade e das contratações no mercado de trabalho”.
Já a recuperação do Indicador Antecedente de Desemprego, que acontece após oito meses de quedas consecutivas, pode ser consequência de uma nova onda de otimismo na economia brasileira. Para Holanda Barbosa Filho, o resultado positivo de novembro do Indicador Antecedente do Emprego recupera parte das perdas ocorridas nos meses anteriores.
“Após grande expectativa de melhora não realizada na economia, o índice começou a ceder a partir de fevereiro de 2018.
A recuperação do último mês pode indicar uma nova onda de otimismo na economia brasileira. No entanto, devemos esperar novas observações para verificar se teremos expectativas otimistas quanto à contratação no próximo ano”, afirmou.
Destaques
O levantamento da Fundação Getulio Vargas aponta resultados positivos em todos os sete indicadores que compõem o Indicador Antecedente de Emprego, o que contribuiu positivamente para o aumento do índice, com destaque para o indicador que mede o emprego local futuro da Sondagem do Consumidor, que contribuiu majoritariamente para o aumento do indicador, ao variar 19,1 pontos na margem.
Já em relação à queda do Indicador Coincidente de Desemprego, as classes de renda que mais contribuíram para o recuo foram as dos consumidores com renda familiar até R$ 2.100,00, cujo Indicador de Emprego (invertido) variou -4,5 pontos; e a dos com renda acima de R$ 9.600,00, com recuo de 4,5 pontos.