O número de pessoas inadimplentes no Rio Grande do Sul recuou entre as pessoas físicas, aponta levantamento da CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas) de Porto Alegre. Apesar disso, mais de 2,6 milhões de gaúchos e 357 mil porto-alegrenses seguem com seus nomes negativados.
Conforme o Indicador de Inadimplência CDL da Porto Alegre, o percentual de adultos com restrição em crédito, cheque e protesto, somou 30,43% para o Rio Grande do Sul e 33,25% para Porto Alegre no mês de novembro. A retração é de 0,10 ponto percentual e 0,25 ponto percentual em relação a outubro, respectivamente.
A redução no número de negativados foi de 8.580 pessoas ao nível do Estado e de 2.690 consumidores na Capital, se comparado com outubro.
O economista-chefe da CDL POA, Oscar Frank, aponta que o cenário econômico vem contribuindo para as pessoas conseguirem pagar suas contas em atraso. Ele aponta que a combinação entre o mercado de trabalho com nível de desemprego em patamares baixos para os padrões históricos e a queda do índice de inflação estão por trás da expansão real dos salários.
Ele enfatiza o papel do Desenrola Brasil, que permitiu a renegociação de dívidas. “Entendemos que o processo de queda da Taxa Selic ganha força como causa explicativa do fenômeno, não só pela sua extensão como pela sua intensidade”, completa Frank. Como a política monetária opera com defasagem sobre a economia, os impactos do movimento iniciado em agosto ainda produzirão consequências em meados de 2024, que se somarão posteriormente aos efeitos dos cortes determinados pelo Copom desde então“, aponta o economista.