ARTE

Ieavi apresenta exposição "Entre Rios: Sul Terra Indígena"

A exposição será aberta no MACRS, na Galeria Sotero Cosme, no 6º andar da Casa de Cultura Mario Quintana.

Foto: Vherá Xunú/Divulgação

O Ieavi (Instituto Estadual de Artes Visuais) apresenta, no dia 19 de abril (Dia dos Povos Indígenas), às 18h, a exposição “Entre Rios: Sul Terra Indígena”, uma mostra que celebra a arte indígena contemporânea do Rio Grande do Sul com a presença de artistas das etnias Charrúa, Guarani, Kaingang e Xokleng, com curadoria de Oendu Kerexu Reté.

A exposição será aberta no MACRS (Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul), na Galeria Sotero Cosme, no 6º andar da Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre.

Serão apresentadas obras de arte contemporânea que refletem a cultura desses povos ancestrais, que habitam o território que hoje chamamos de Rio Grande do Sul.

Trabalhos de cinco artistas contemporâneos indígenas, cada um apresentando a sua perspectiva particular sobre a arte e a cultura de seus respectivos povos, também irão compor a exposição.

A instalação “Tarú” (2023), criada pela artista Bruna Charrúa, apresenta esculturas, gravuras e reciclagem de resíduos da construção civil urbana, mostrando a resistência dos povos indígenas nas metrópoles.

A obra “A comunicação entre seres naturais e sobrenaturais” (2018), da artista Kaingang Vera Lúcia Kanishka, é uma escultura em grande escala de um apito usado para se comunicar com os ancestrais.

A artista Charrúa Oderiê Chayúa apresenta a obra “Soy una cuerpa tranfronteyryça” (2021), “Aldeya, Kylombo y Peryfa” (2023) e “Fylhes do Encontro das Pampas com a Mata Atlantyka”. A instalação é composta por tecido de juta reciclado, lã bordada e costurada à mão.

Os bordados são inspirados na vestimenta tradicional Killapi, que tem como objetivo contar a história através de grafismos. No povo de Oderiê, é composta, geralmente, por mulheres (adá) e, hoje, por pessoas de mais de dois gêneros (tató-adá) como Oderiê na cosmovisão do povo Cha-yúa. Odoriê também apresenta as animações “Tatu Ocó Utaí – Tatu Canoa”, “Opatimá” e “Ocó – Laço que conecta os tempos” (2020), que tratam da memória e das histórias familiares.

A obra “Nossa luta é diária” (2022), do artista Vherá Xunú da etnia Mbya Guarani, apresenta fotografias do povo Guarani em suas jornadas de luta e manifestações. Por fim, o artesanato Xokleng, produzido por Woie Xokleng da etnia Xokleng, que apresenta artefatos que carregam energia espiritual.