Cotidiano

Hospital de campanha está quase pronto no Rio

A construção do Hospital de Campanha que receberá casos de coronavírus no Riocentro está 70% concluída, informou hoje (1) a Prefeitura do Rio de Janeiro, que prevê a entrega da unidade até o fim da próxima semana.

A unidade começará a operar quando o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla atingir 70% de sua capacidade de atendimento. Localizado em Acari, na zona norte, o hospital tem sido a unidade de referência na rede municipal para casos de internação por coronavírus.

O Hospital de Campanha no Riocentro terá 500 leitos para pacientes com a doença, sendo 100 deles unidades de terapia intensiva (UTI). Haverá ainda um pequeno centro cirúrgico e 400 leitos de clínica médica.

A administração do hospital de campanha caberá à RioSaúde, empresa municipal que vem assumindo as unidades de saúde cariocas no lugar das organizações sociais. A empresa pública fará uma seleção emergencial para contratar os 1.355 profissionais de saúde que atuarão no Riocentro.

O município do Rio de Janeiro concentra a maior parte dos casos confirmados de coronavírus no estado. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, são 586 casos confirmados, em um universo de 4.471 casos prováveis na cidade.

Já há registros de casos confirmados em 76 bairros da capital, sendo a Barra da Tijuca o local com maior incidência, com 80 casos, seguida pelo Leblon, com 57, e Copacabana, com 49.

Até as 18h de ontem, 28 pessoas estavam em unidades de terapia intensiva da rede municipal por síndrome respiratória aguda.

Lotéricas e igrejas

A Prefeitura do Rio de Janeiro se posicionou na manhã de hoje sobre decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro que suspendeu o decreto municipal que permitiu o funcionamento de casas lotéricas e lojas de material de construção. Segundo a prefeitura, a Procuradoria Geral do Município ainda não foi notificada da decisão e vai recorrer assim que isso ocorrer.

O executivo municipal também emitiu um esclarecimento sobre outra decisão judicial, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). A segunda instância da Justiça Federal suspendeu a decisão liminar da Justiça Federal de Duque de Caxias, que impedia a classificação de casas lotéricas e igrejas como atividades essenciais, o que se deu por meio do decreto presidencial publicado em 25 de março pelo presidente Jair Bolsonaro.

“Igrejas e lotéricas seguem abertas em todo o território nacional, inclusive no Município do Rio de Janeiro. Isso porque são considerados serviços essenciais, conforme decisão do TRF2, que manteve em vigor decreto presidencial do dia 25 de março”, explicou a prefeitura.