O publicitário Ricardo Jardim, 59 anos, foi condenado a 27 anos de prisão pela morte da mãe, Vilma Jardim, então com 76 anos. O crime foi descoberto pela polícia em maio de 2015, quando o agora condenado matou a vítima e concretou o corpo dela dentro de um armário.
O julgamento teve início às 9h30min desta manhã. Às 20h, a juíza Karen Luise Boanova Pinheiro leu a sentença. A pena foi estabelecida em 27 anos de reclusão, em regime inicial fechado.
Jardim foi condenado pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e meio cruel, e ocultação de cadáver. Além disso foi condenado a mais um ano de detenção por posse ilegal de arma de fogo.
O delito foi reconhecido como hediondo pela magistrada Karen. “Fato de extrema gravidade, praticado contra a própria mãe, demonstrando frieza no seu comportamento e quanto às consequências advindas dos seus atos.”
Conforme o que a Polícia Civil disse à época, o Jardim teria confessado a morte da própria mãe. O condenado esfaqueou Vilma mais de uma dezena de vezes. Depois, concretou o corpo em um balcão em uma das paredes de um apartamento no bairro Mont’ Serrat.
O Ministério Público, responsável pela acusação, aponta que a motivação para o crime seria econômica. Jardim estaria usufruindo de um seguro de vida no valor de R$ 400 mil que era do pai, que havia morrido meses antes. Para se apossar do dinheiro, decidiu matar a própria mãe, conforme a denúncia.
O réu não poderá apelar em liberdade. Ele encontra-se preso desde meados de 2015 no Presídio Central de Porto Alegre.
A defesa de Jardim afirmou que vai recorrer da decisão.