Guarda municipal que matou vizinho responderá em liberdade e passará por avaliação psicológica

O guarda municipal que matou um vizinho a tiros depois de uma discussão na zona Sul de Porto Alegre responderá em liberdade pelo homicídio. Na última sexta-feira (9), o guarda se apresentou voluntariamente à Polícia Civil e confessou o crime, alegando legítima defesa. A arma, uma pistola 380, que pertence ao município de Porto Alegre, também foi entregue pelo guarda.

Antes de retornar ao trabalho na Guarda Municipal de Porto Alegre, o homem passará por uma avaliação psicológica. Atualmente, ele está afastado por motivos de saúde, pois quebrou o maxilar durante a briga que antecedeu o crime.

Como o crime ocorreu enquanto o guarda municipal estava de folga, o inquérito ficará por conta da Polícia Civil. A investigação será encaminhada à Corregedoria da Guarda Municipal quando concluída. Os corregedores avaliarão a questão disciplinar do servidor.

O crime ocorreu na noite do último dia 8 na Estrada Campo Novo, próximo da avenida Juca Batista. Testemunhas relatam que a execução aconteceu após uma briga sobre um cachorro.

A vítima fatal foi identificada como Bruno Saraiva Salgado, de 30 anos. Segundo a Polícia Civil, em um determinado momento da desavença, o guarda municipal foi em casa, pegou uma arma e voltou para matar Salgado, que foi atingido por um tiro e morreu no local. O cachorro da vítima também foi morto pelo guarda municipal.

Os moradores do condomínio, que fica no bairro Campo Novo, ficaram muito abalados com o crime. Bruno Salgado trabalhava como corretor de imóveis e fazia faculdade de Direito. Ao menos cinco tiros foram disparados contra a vítima. O caso continua sendo investigado pela Polícia Civil.