Greve de servidores em Novo Hamburgo segue longe do fim

Longe de um possível fim, a greve em Novo Hamburgo afeta serviços públicos básicos, além do mais essencial: a educação das crianças, o futuro do município. Todos estão perdendo. Tanto a Prefeitura que teria que desembolsar um dinheiro que, alegadamente, não tem e os professores que deixam de cumprir sua função que é educar.
A cidade vive dias de protestos que não dão em nada e aqui ninguém quer ceder. No final de manhã desta quarta-feira (20), o prefeito de Novo Hamburgo Luís Lauermann concedeu entrevista à Rádio ABC 900 para falar da greve dos servidores do município que já dura 21 dias. Ele afirmou que a situação financeira da Prefeitura hamburguense é complicada “como a do Estado” e que é impossível conceder o reajuste de uma vez só.
“As finanças da cidade não permitem o reajuste de 8,41% numa vez só. O governo do Estado anunciou que o reajuste será zero no ano que vem. A proposta do 7,1% apareceu como alternativa e sequer a direção do movimento dos professores apreciou em assembleia”, alegou Lauermann, que ainda disse que o salário dos professores da cidade é um dos maiores da região.
Contraponto
Logo depois, a Presidente do SindProfNH (Sindicato dos Professores Municipais de Novo Hamburgo), Andreza Formento, rebateu, também na Rádio ABC 900, as afirmações do prefeito. Segundo ela, o prefeito não participou das negociações sobre o reajuste salarial e que ele não quer dialogar com a categoria e que o prefeito quer precarizar a educação.
Após inúmeras críticas, a professora e líder sindical reclamou que não há interesse da Prefeitura de dialogar e que não foram apresentados dados que comprovassem o que o prefeito Lauermann aponta como crise financeira.
Greve ainda longe do fim
No fim da entrevista, Andreza afirmou que somente uma assembleia dos servidores pode dar fim à greve, que nessa queda de braço ainda parece muito longe do fim. Hoje, a Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo faz a primeira votação sobre o parcelamento do dissídio dos servidores municipais. Segundo a proposta realizada pela Prefeitura, os municipários receberão 5% de dissídio a partir de junho e 3,41% a partir de novembro.