Grêmio goleia Inter na Arena e volta ao G-4

Final de tarde de domingo no bairro Humaitá. Nem o melhor dos CTG’S poderia imaginar um vaneirão tão bem tocado. O Internacional entrou no salão de forma displicente. E prenda que entra assim, rodeia na mão do gaúcho. Vai para onde ele quer, dança na velocidade que ele determina e não tem muito o que fazer. Ou torce para a música terminar logo ou se rende de vez.
Este foi o resumo de um primeiro tempo onde o torcedor do Inter viu seu time falir em campo. Não haviam passado 15′ da primeira etapa e o Grêmio já somava 5 finalizações perigosas e um pênalti perdido por Douglas. Com passes rápidos e precisos, o tricolor dominou o meio de campo e aniquilou quaisquer possibilidades do Inter atacar ou conseguir chegar na frente.

A primeira vez que o colorado entrou na área foi aos 21′ do primeiro tempo em jogada de Valdívia, que ficou sem espaço depois que Pedro Geromel apareceu e cortou por baixo sem maiores problemas. As equipes eram muito distintas em sua foram de jogar, enquanto o Grêmio jogava uma partida digna de quem briga por alguma coisa no campeonato, O Internacional parecia jogar uma pelada de final de semana. A música continuou tocando e aos 34′ após escanteio cobrado por Galhardo, a bola sobrou para Giulliano, que pegou de primeira depois da bola picar no chão, por capricho bola bateu na trave e morreu no fundo das redes, um a zero. Sem deixar o ritmo baixar, o maestro Luan começou a roubar a cena aos 42′ marcando o segundo gol. O primeiro tempo terminou em dois a zero e poderia terminar em três.
Tudo que o torcedor colorado queria era que alguém acabasse com o baile. Mas antes de que a medida tomada pelo treinador interino surtisse efeito, ao colocar Alex e tirar Anderson de fraca atuação, Luan, fez o terceiro gol tricolor logo aos 3′ da segunda etapa. Antes que fechassem 10 minutos do segundo tempo, mais uma mudança do lado colorado. Entrou Nilton no lugar de Lizandro Lopez, o meio campo encorpou. O grêmio tirou um pouco o pé, e Alex chegou forte com uma bomba na trave. Mas foi pouco.

Como um maestro, o técnico Roger promoveu mudanças pontuais. Colocou Fernandinho em campo, e a velocidade e intensidade tricolor fizeram sucumbir de vez o time colorado após lançamento preciso do capitão Maicon o atacante Fernandinho teve tempo e espaço para driblar Alisson, e chutar com força para marcar o quarto gol.
Parecia fim de baile no CTG do parque Humaitá. Alguns indo embora, cadeiras ficando vazias, latas de cerveja no chão mas o patrão ainda não tinha terminado a festa. A prenda já cansada, não queria mais dançar. Quase implorava para que o gaiteiro parasse de tocar a vaneira. Mas a batida final viria em rápida jogada de Fernandinho pelo lado direito, o zagueiro Réver se atrapalhou e fez contra.
O Grêmio foi inapelável. Venceu por 5×0 sem dar a mínima chance para o seu maior rival. Subiu da 8ª para a 3ª posição, e venceu por uma diferença que não acontecia em clássicos a 105 anos. E com todo o respeito ao torcedor colorado, aos seus jogadores e dirigentes, cinco foi pouco. Ao presidente Vitório Píffero, cabe urgentemente contratar um treinador capaz de mobilizar novamente o elenco colorado para que a vergonha de 2015 não seja maior.