Governo prorroga atuação das Forças Armadas em Roraima

Militares das Forças Armadas vão continuar em Roraima até o dia 30 de outubro. O decreto que autoriza a atuação do Exército no estado para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) expiraria hoje (12), mas o prazo foi estendido com uma alteração no texto pu...

Militares das Forças Armadas vão continuar em Roraima até o dia 30 de outubro. O decreto que autoriza a atuação do Exército no estado para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) expiraria hoje (12), mas o prazo foi estendido com uma alteração no texto publicada na edição desta quarta-feira do Diário Oficial da União.

O envio das tropas que passaram a atuar nas cidades de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, e Boa Vista (capital), foi autorizado no dia 28 de agosto. O objetivo é garantir a segurança de brasileiros que vivem em Roraima e dos venezuelanos que entram no Brasil pelo estado, fugindo da crise no país vizinho.

BRA05. PACARAIMA (BRASIL), 18/08/2018.- Ciudadanos brasileños se manifiestan contra la presencia de inmigrantes venezolanos hoy, sábado 18 de agosto de 2018, en la localidad fronteriza de Pacaraima (Brasil). Un grupo de brasileños se manifestó

Brasileiros se manifiestam contra a presença de imigrantes venezuelanos em Pacaraima – Geraldo Maia/Direitos Reservados/Agência Brasil

A decisão de destinar militares do Exército para a região ocorreu uma semana depois que moradores de Pacaraima expulsaram venezuelanos de barracas e abrigos, ateando fogo a seus pertences. O protesto contra a presença dos imigrantes na cidade foi motivado, segundo moradores, pelo assalto e espancamento de um comerciante local, que teria sido cometido por quatro venezuelanos. Apesar da situação, o governo federal afirmou, na época, que não houve pedido para a atuaão dos militares por parte da governadora do estado, Suely Campos, que reiteradamente defendeu o fechamento da fronteira.

Porta dos migrantes que têm deixado a Venezuela em busca de melhores oportunidades de vida e trabalho, Roraima recebeu mais de 130 mil venezuelanos desde o ano passado, segundo estimativas da Polícia Federal. Dados oficiais do governo apontam que cerca de 60% deles já deixaram o território brasileiro. Outra parte tem sido atendida pelo programa de interiorização. Em parceria com organismos internacionais e prefeituras, algumas famílias são encaminhadas para outras cidades com possibilidade de abrigar essas pessoas e fornecer alternativas de trabalho, documentação e educação para os que pretendem permanecer no Brasil.