O governador José Ivo Sartori anunciou, na manhã desta quarta-feira (14), negociação em andamento com a Famurs para o Governo do Estado quitar as dívidas com as prefeituras referentes a 2014 e os repasses atrasados deste ano. O anúncio foi feito durante audiência com o presidente da Famurs, Luiz Carlos Folador, e representantes de municípios em situação de emergência pelas chuvas, no Palácio Piratini.
“Fazer uma renegociação de todas as dívidas que o Estado tem com os municípios. Vamos acertar e depois vamos comunicar a todos os prefeitos. Isso sem impedir a manutenção em dia dos repasses, pelo menos, no começo do ano que vem porque, com a aprovação do aumento do ICMS pela Assembleia, vai nos permitir recuperar estes atrasos”, afirmou o governador. Folador afirmou que se depender da Famurs, este acordo já está consolidado. A entidade calcula que a dívida do Estado com os municípios está entre R$ 220 milhões e R$ 230 milhões.
Sartori pedirá ainda ao secretário da Saúde, João Gabbardo, que olhe com cuidado para os municípios mais afetados pelas chuvas e pelo granizo, encontrar uma forma para adiantar os repasses que estão em atraso. “É uma maneira de reduzir o sofrimento das pessoas dentro da nossa realidade financeira”, disse.
O secretário Gabbardo confirmou que os municípios em situação de emergência apontados por estudos da Defesa Civil estadual, deverão receber os recursos a partir da semana que vem. “Os municípios apontados pela Defesa Civil terão as parcelas adiantadas”, disse. Segundo Gabbardo, a dívida de repasses da Saúde de 2014 e 2015 corresponde a R$ 6 milhões e será parcelada em 36 vezes de janeiro de 2016 a dezembro 2018 direto do orçamento da secretaria. A cota mensal é R$ 37 milhões.
O governador adiantou ainda que o Daer estuda uma forma de decretar emergência nesta área para encontrar maneiras de obter recursos e o mais rapidamente possível resolver o problema ligação de municípios.
Decreto coletivo
Está publicado no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (14) o decreto coletivo de situação de emergência, que abrange inicialmente 26 cidades, conforme levantamento da Defesa Civil. Novos municípios podem ser incluídos ao longo da semana.
O chefe da Casa Militar e coordenador estadual de Defesa Civil, tenente-coronel Everton Oltramari, afirmou que o decreto coletivo acelera a chegada de ajuda humanitária do Ministério da Integração Nacional, aumenta o prazo para os municípios encaminharem a documentação necessária, dispensa processos licitatórios (lei 8.666/93), permite abertura de créditos extraordinários, liberação do FGTS para os afetados e também a renegociação do Pronaf e do Proagro.
O Ministério da Integração se responsabilizou em reconhecer o documento em até 24 horas e técnicos estão no estado para auxiliar os municípios a fazer o levantamento de danos. O decreto é válido por seis meses e os municípios têm prazo de 10 dias para apresentar relatórios de danos, que devem atingir os índices previstos pela legislação federal.
Cotidiano
Governo do Estado quitará dívidas com municípios atingidos pela chuva
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