O CNM (Conselho Monetário Nacional) aprovou a operação para venda de parte das ações do Banrisul. Com isso, o Piratini conseguirá vender 49% dos ativos do banco estatal, fazendo caixa e conseguindo quitar vencimentos.
O anúncio foi feito pelo ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Eliseu Padilha, para a comitiva gaúcha que foi até Brasília, para solucionar impasses na busca de uma saída para a crise financeira do Estado. A comitiva é formada pelo vice-governador José Paulo Cairoli, pelos secretários da Fazenda, Giovani Feltes; e da Casa Civil, Fábio Branco; e pelos deputados Darcisio Perondi e Gabriel Souza, todos filiados ao PMDB.
Com a venda das ações na Bolsa de Valores, o Governo do Estado vai ficar com 51% do banco. Isso representa que quase a outra metade ficará com investidores, que se tornarão sócios do Banrisul.
Câmara de conciliação
Além da autorização a comitiva, conseguiu ainda soube da instalação da Câmara de Conciliação e Arbitragem. Nela, o governo do Estado tentará reverter a negativa do Tesouro Nacional ao pedido de adesão ao regime de recuperação fiscal. “Em um dia já tivemos a solução que imaginávamos que fosse acontecer ao longo da semana, numa projeção otimista”, comemorou o vice-governador Cairoli.
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A interferência do ministro Eliseu Padilha em favor do Estado começou pela manhã. Em uma reunião com a comitiva gaúcha no Palácio do Planalto, ele agendou reuniões com a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, e com a ministra Grace Mendonça, da AGU (Advocacia-Geral da União).
No primeiro encontro, o grupo ouviu de Ana Paula que a Secretaria do Tesouro Nacional aceitaria discutir na Câmara de Conciliação os detalhes do Plano de Recuperação Fiscal do Estado. Na AGU, a comitiva teve a garantia de que a Câmara seria instalada tão logo o Tesouro formalizasse sua concordância, o que deve ocorrer nesta terça-feira.
“O presidente Michel Temer determinou que déssemos todo o apoio necessário ao Rio Grande do Sul”, destacou o ministro Padilha. “Tenho convicção absoluta de que se for pela determinação do presidente Temer, pela vontade do ministro Henrique Meirelles [Fazenda], pela minha vontade, pela ministra Grace e pela secretária Ana, teremos um desfecho favorável para esta justa pretensão do Estado do Rio Grande do Sul”.
O secretário Feltes se mostrou satisfeito com o resultado dos encontros. “Estou absolutamente confiante. Esse não é um problema de solução política, é um problema de solução técnica, financeira e jurídica. Mas a solução passa necessariamente pelo comprometimento político de querer resolver o problema”, ressaltou.
