A Secretaria de Educação vistoriou nesta terça-feira (19) a escola da rede pública estadual que foi alvo de vandalismo e de criminosos no último final de semana. O secretário Luís Alcoba esteve nesta tarde na Escola Estadual Érico Veríssimo, na Vila Ipê 1, em Porto Alegre, para avaliar os danos.
Os criminosos furtaram notebooks, máquinas fotográficas e computadores que registravam imagens das câmeras de segurança. Além disso, descarregaram extintores de incêndio, arrombaram salas de aula, abriram pacotes de alimentos, danificaram instrumentos musicais, modens e cabos de internet, entre outros estragos.
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Técnicos da Seduc fizeram levantamento prévio das medidas que serão necessárias para recuperar a estrutura até o reinício das aulas. “A primeira providência será a limpeza do prédio. Depois, vamos recompor o material destruído, principalmente equipamentos de informática, mobiliário (que havia sido renovado no mês de abril), sistema de internet e de câmeras de segurança. Corremos contra o tempo para que a escola volte a funcionar em agosto”, disse o secretário.
O recesso escolar de inverno, previsto para iniciar a partir de quinta-feira – quarta-feira seria o último dia de aulas -, foi antecipado nesta segunda (18).
Suspeitos identificados
O caso está sendo investigado pela 15ª Delegacia de Polícia, que já identificou os suspeitos. Segundo o delegado Fernando Edson, que também esteve no local esta tarde, uma das hipóteses é de que o ato seja uma reação às atividades de promoção da paz desenvolvidas na escola nos últimos dias.
Em março, após tiroteio entre grupos rivais, a Escola Érico Veríssimo funcionou em turno reduzido durante alguns dias. A resposta do poder público veio com o reforço no policiamento ostensivo e com atividades que uniram a comunidade escolar em torno de ações de prevenção à violência. Uma destas atividades, inclusive, ocorreu na última sexta-feira.
O 20º Batalhão de Polícia Militar instalou uma base móvel em frente ao prédio, situado na rua Comendador Eduardo Secco. O equipamento permaneceu no local durante algumas semanas.
“Trouxemos para a escola o Programa Aluno Cidadão, que reúne 12 ações como o Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência) e a Patrulha Escolar Comunitária. Também abrimos canais de comunicação com a comunidade escolar”, explicou o tenente-coronel Egon Kvietinski, comandante do 20º Batalhão de Polícia Militar.
A Secretaria da Educação instalou na escola uma Cipave (Comissão Interna de Prevenção a Acidentes e Violência Escolar), que além de intensificar ações com a participação de órgãos de segurança, trabalha a saúde mental dos professores, para mantê-los motivados.
O governo do Estado estuda integrar as câmeras de vigilância das escolas com o Centro de Integrado de Comando e Controle, monitorado pela Secretaria da Segurança Pública, para agilizar atendimento de ocorrências.