Furacão Patrícia vira tempestade tropical após tocar a costa oeste do México

O furacão Patricia, que atingiu a costa oeste do México na sexta-feira (23), virou uma tempestade tropical após perder força ao tocar a costa do país. Pela manhã, com ventos de 120 km/h deste sábado (24), Patrícia havia sido reclassificada como um furacão categoria 1, informou o Serviço Meterológico Nacional do México. As fortes chuvas que atingem a região continuam, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos.
O fenômeno chegou no estado de Jalisco na noite de sexta-feira, com ventos de até 270 km/h e começou a perder força horas depois de avançar pelo território mexicano. No início da madrugada de sábado, ele enfraqueceu e caiu para a categoria 4, com ventos de velocidade máxima estimada em 215 km/h, segundo comunicado da Comissão Nacional da Água.
Por volta de 4 horas, o ciclone foi rebaixado a categoria 2, com ventos de velocidade máxima estimada em 155 km/h, informou o SMN (Serviço Meterológico Nacional).
Segundo comunicado da NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, na sigla em inglês), o furacão atingiu as proximidades da cidade de Cuixmala, que fica a cerca de 85 km de Manzanillo.
Ao menos 6.333 pessoas ficaram desabrigadas e não houve registro de mortes, informou no fim da noite de sexta-feira, o governo de Jalisco.


Furacão mais forte já registrado

“Patricia” avançou nesta sexta pelo Pacífico ao sudoeste do Porto de Manzanillo com ventos constantes de 325 km/h e máximos de 400 km/h. O ciclone, o mais poderoso já registrado tanto no nordeste do Oceano Pacífico quanto no Oceano Atlântico, segundo a Organização Meteorológica Mundial, chegou ao estado de Jalisco por volta das 21h10min (Brasília-verão).
Por volta das 22h45min, as autoridades começaram a receber avisos sobre pequenos alagamentos, segundo a agência AP.
O furacão Patricia tornou-se o “mais poderoso que já surgiu no planeta em toda a história”, disse mais cedo o diretor da Comissão Nacional de Água do México (Conagua), Roberto Ramírez.
“Não há um furacão em todo o planeta, em toda a história, que tenha chegado à velocidade de 325 km/h em seus ventos”, disse Ramírez.