Federalização da antiga RSC-470 não afeta obras do Crema Serra

O DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes) e o Daer-RS (Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem do Rio Grande do Sul) assinaram, ontem, no Ministério dos Transportes, o ato oficial de federalização da BR-470. Mas a troca na gestão da rodovia ainda não mudará os planos do Daer de finalizar as obras do Crema Serra (Contrato de Recuperação e Manutenção de Rodovias da Serra).
As obras abrangem o trecho entre o entroncamento da ERS-324 com a RSC-470 (Nova Prata) e o entroncamento da ERS-431 (próximo a São Valentim do Sul). Os trabalhos fazem parte do lote I do programa, que tem extensão de 57,63 quilômetros.
Segundo o diretor de Infraestrutura Rodoviária do Daer, Paulo Ricardo da Rosa, os serviços já foram executados em aproximadamente nove quilômetros da rodovia. As obras que predominam são fresagem e recomposição, e reciclagem do pavimento.
O termo assinado ontem prevê a absorção de 234,2 km da rodovia estadual à malha rodoviária federal, que passará à gestão do DNIT. No entanto, a federalização não implica em uma melhoria imediata nas condições da rodovia, hoje cheia de buracos.
Com o ajuste fiscal e os cortes no orçamento da União, o ministro não garantiu investimentos adicionais aos feitos pelo governo do Estado no trecho que foi federalizado neste primeiro momento.
Os trechos absorvidos pela união ficam entre os municípios de Arroio dos Ratos, na região metropolitana de Porto Alegre, até o município de Lagoa Vermelha, na região de Campos de Cima da Serra. No total, a rodovia possui 470 km de extensão no estado do Rio Grande do Sul. A BR-470 é uma rodovia de ligação que inicia no município de Navegantes (SC) e termina em Camaquã. 
Segundo o Ministério dos Transportes, a estrada tem potencial para se transformar em importante corredor de circulação de pessoas e escoamento de cargas das regiões de Nova Prata, Serra Gaúcha e Carbonífera.