A febre maculosa, transmitida por carrapatos, já causou 17 mortes no estado de São Paulo desde o início de 2018. Segundo o Ministério da Saúde, não houve aumento no número de óbitos, já que em todo o ano de 2017 foram registradas 58 mortes. Neste ano, foram notificados 60 casos confirmados da doença, ante 165 casos registrados no ano passado.
Segundo o Ministério da Saúde, quanto antes a pessoa é diagnosticada e começa o tratamento, maior o sucesso. A doença se manifesta com febre de início súbito, dor de cabeça, dores no corpo, manchas vermelhas na pele, começando nos pés e mãos e lesão no local onde o carrapato ficou preso. É importante avisar o médico também se a pessoa frequentou área sabidamente de transmissão de febre maculosa nos 15 dias anteriores.
No Brasil, a doença ocorre predominantemente nas regiões Sudeste e Sul e, de acordo com o ministério, nas áreas onde estão ocorrendo casos já foram adotadas as medidas preconizadas pela Organização Mundial da Saúde, como avisar as unidades de saúde locais e colocar placas de alerta à população. De acordo com a pasta, foram capacitados 550 profissionais da área de vigilância epidemiológica e vigilância de ambientes para identificar áreas reconhecidamente endêmicas.
Nos humanos, a doença tem alta letalidade e é adquirida pela picada do carrapato infectado com a bactéria Rickettsia rickettsii e a transmissão geralmente ocorre quando o artrópode pica e permanece aderido ao corpo, portanto, quanto mais rápido os carrapatos forem retirados, menor será o risco de contrair a doença.
Nos casos de contato com áreas com presença de carrapatos, recomenda-se o uso de mangas longas, botas e calça comprida com a parte inferior colocada para dentro das meias. O uso de roupas de cor clara facilita a visualização dos carrapatos. As peças de roupas devem ser lavadas em água fervente.
O tratamento se dá com antibióticos que, em caso de suspeita, devem ser prescritos imediatamente, mesmo antes da confirmação laboratorial do caso. Não é recomendada a terapia com antibióticos para indivíduos sem sintomas que tenham sido recentemente picados por carrapatos.
Dados do Ministério da Saúde mostram que a febre maculosa tem sido registrada em áreas rurais e urbanas de todas as regiões do Brasil. No entanto, a maior concentração de casos é verificada nas regiões Sudeste e Sul, onde ocorre de forma esporádica.