Planos de saúde de servidores de 40 prefeituras gaúchas não foram suspensos no início de 2015, após a troca de gestão. A Famurs (Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul) conseguiu assegurar a manutenção das negociações com os municípios pelo governo estadual e a prorrogação do prazo para a assinatura de reajuste nos convênios.
A garantia foi dada pelo chefe da Casa Civil, secretário Márcio Biolchi, ao presidente da Famurs, Seger Menegaz, ainda durante a posse do governador José Ivo Sartori (PMDB). A federação ainda aguarda a oficialização do novo prazo para assinatura das alterações contratuais, o que deve acontecer na próxima semana.
Reajuste
Em dezembro, o IPE encaminhou ofício a pelo menos quatro municípios para notificar a elevação das alíquotas a partir de 1º de janeiro.
Se isso se confirmasse, os servidores das prefeituras que não aderirem ao convênio imposto pelo Instituto ficariam sem plano de saúde no início de 2015. Conforme o presidente da comissão de prefeitos da Famurs que negocia o reajuste dos planos do IPE e prefeito de Herval, Ildo Sallaberry, as prefeituras necessitam de mais prazo para se adequar ao reajuste.
O Instituto propõe aumento de 11% para faixas de 13% a 22% a alíquota dos servidores municipais. Sendo assim, a mensalidade do plano de saúde de um funcionário que ganha R$ 1 mil pode passar de R$ 110 para R$ 220 mensais. O valor, geralmente, é dividido meio a meio entre a prefeitura e o servidor.
Durante encontro com prefeitos no auditório da Famurs, em abril, o chefe de gabinete do IPE, César Bento, admitiu que alíquota de 6,2% paga pelos servidores estaduais não sofre reajuste há mais de 10 anos.
Após pedido da Famurs, o órgão acatou as solicitações da entidade e suspendeu o reajuste nos contratos. Desde então, ficou acertado que o IPE Saúde repassaria a relação detalhada de exames e consultas por município, que justificariam a elevação das alíquotas, mas os documentos não foram disponibilizados, segundo a entidade.
Cotidiano