OLHAR AFRICANO

Exposição retrata influência dos povos africanos na formação do Brasil

Mostra estará disponível na Biblioteca Pública do Estado até 27 de março

Artista Eduardo Carvalho – Foto: Mirtysiula Cadengue Lopes

A BPE (Biblioteca Pública do Estado), instituição vinculada à Sedac (Secretaria de Estado da Cultura), apresenta, no dia 27 de fevereiro, a mais recente exposição de Eduardo Carvalho, um dos nomes de destaque das artes plásticas do País. A mostra se chama “A Cultura e suas Peculiaridades”, já passou por mais de 10 cidades brasileiras e chega agora a Porto Alegre.

O objetivo da mostra é apresentar os povos de matriz africana que tiveram papel fundamental na formação da nação, cultura e resistência no Brasil. A ideia é proporcionar aos visitantes uma experiência única de expressões culturais.

A exposição estará disponível até 27 de março. A BPE fica na Rua Riachuelo, 1190, no Centro de Porto Alegre. O espaço fica aberto de segunda a sexta-feira, das 10h às 12h e das 13h às 18h. A entrada é franca.

A exposição é promovida pelo MinC (Ministério da Cultura), conta com o apoio da BPE e do governo do estado do Rio Grande do Sul, e o patrocínio das empresas Condor e Cenibra – além do apoio da AG Entretenimento.

Olhar africano

Trazendo a beleza e a influência da ancestralidade africana, um dos destaques da mostra é a obra “Olhar Africano”, que recebeu o Prêmio Funarte Artes Visuais 2020/2021 – O Diálogo entre o Patrimônio Histórico da Cidade do Rio de Janeiro e o Brasileiro Presente nas Artes Visuais, na Arquitetura e nos Espaços Urbanos.

A obra é um desenho hiper-realista que reproduz com perfeição uma fotografia de Leif Steiner, retratando uma mulher africana com um olhar forte que transmite uma mensagem de respeito e liberdade.

O autor

Eduardo Carvalho é premiado internacionalmente e seu estilo é considerado parte do hiper-realismo, uma tendência artística que surgiu na Europa na década de 1960. Em sua exposição, ele retrata com precisão e verossimilhança os povos de matriz africana que contribuíram para a formação do Brasil.

De acordo com o artista, as cidades escolhidas para receber a exposição são importantes cenários da resistência dos povos e da cultura de matriz africana no Brasil, incluindo quilombos de referência. A mostra já passou por Franca, Belo Horizonte, Antônio Dias, Peçanha, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife.

Na estreia da exposição em Porto Alegre, Eduardo Carvalho irá compartilhar um pouco de sua experiência. Além disso, o artista realizará um workshop de desenho realista, no qual ministrará técnicas de sombreamento com exercícios práticos para 40 participantes de escolas públicas. Os participantes receberão certificados de participação e material didático.