Uma operação contra o roubo de cargas foi deflagrada hoje (11) na região metropolitana do Rio. Participaram da ação integrantes das polícias Civil e Militar, da Força Nacional e do Exército. A Avenida Brasil, via de acesso à cidade que registra grande número de assaltos contra motoristas, foi um dos pontos de abordagens de caminhões.
A ação, batizada de Dínamo Cargas, contou com a presença do secretário estadual de Segurança, general Richard Nunes, que ressaltou a diminuição dos índices de roubo de cargas, desde o início da intervenção federal no estado, em fevereiro deste ano.
“Esta operação tem como objetivo integrar todas as forças da intervenção, para que a gente possa reduzir esta modalidade criminosa, que é uma das formas de financiamento do crime organizado. Nós estamos atuando nas manchas criminais levantadas pelo Instituto de Segurança Pública [ISP], atuando principalmente na Avenida Brasil, entre os trevos que dão acesso às rodovias federais, até a Vila Kennedy. Do outro lado da Baía de Guanabara, estamos atuando em São Gonçalo, e na Baixada Fluminense, particularmente em Queimados e Belford Roxo. A operação está ocorrendo simultaneamente em todas essas áreas”, explicou o secretário.
O delegado Delmir Gouvea, titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), explicou que a operação deriva do aperfeiçoamento dos trabalhos de combate ao crime organizado iniciados em abril deste ano.
“Estamos priorizando a investigação, para identificar os criminosos que roubam as cargas, bem como aqueles que mandam roubar e que levam para as favelas, onde é feito o transbordo. Isto tem dado resultados. Em relação ao mesmo período do ano passado, nós já reduzimos em 1.205 caminhões roubados, fazendo uma média de 20% ao mês em redução”, disse o delegado.
Segundo ele, atualmente, o município que tem registrado mais casos de roubo de cargas é São Gonçalo. Outro município que apresenta altos índices do crime é Belford Roxo. Na capital, as regiões onde há mais incidência são as zonas norte e oeste. Em cinco meses, o delegado contabilizou 50 prisões e 100 pessoas indiciadas.
Até a publicação desta matéria, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Seseg) ainda não havia divulgado o balanço da operação.