O ex-secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul Airton Michels e o ex-superintendente da Susepe (Superintendência de Serviços Penitenciários) Gelson Treiesleben se tornaram alvos de uma ação de improbidade administrativa. Segundo o MP, a ação decorre da não criação de vagas no sistema prisional gaúcho e a consequente devolução de dinheiro à União.
A denúncia se baseia em um inquérito civil elaborado com informações encaminhadas ao MPF (Ministério Público Federal). O documento noticiou a não realização de obras no sistema carcerário que poderiam gerar mais 500 vagas no sistema prisional gaúcho ao custo de R$ 18 milhões.
As obras seriam realizadas com verbas repassadas pelo Depen (Departamento Penitenciário Nacional) e foram devolvidas porque nunca saíram do papel. Outros estados também seriam beneficiados pelo repasse de verba pública da União e não as realizaram.
No RS, eram quatro contratos para a construção de unidades prisionais. Como nenhuma delas foi construída, Michels e Treiesleben estão sendo denunciados por descumprimento da legislação, como tomar medidas para evitar que a verba pública fosse devolvida à União.