ESTRESSE TÉRMICO

Eventos climáticos provocam queda na produção de leite no RS

A estimativa da queda de produção de leite é em oito níveis.

Foto: Fernando Dias/Seapi

Elevada umidade relativa do ar e grandes amplitudes térmicas registradas durante a primavera provocaram queda na produção de leite do Rio Grande do Sul, pelo desconforto térmico causado aos animais.

“Também houve prejuízos advindos dos eventos climáticos extremos ocorridos na estação”, ressaltou a Seapi (Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação).

Estes são os resultados das análises de dados publicadas no Comunicado Agrometeorológico 63 – Especial Biometeorológico Primavera 2023, editado pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Seapi.

“Utilizando o Índice de Temperatura e Umidade (ITU), a publicação documenta e identifica as faixas de conforto/desconforto térmico às quais os animais foram submetidos, estimando os efeitos na produção de leite. Além disso, apresenta mapas com a espacialização dos ITUs médio e máximo, com estimativa da queda de produção de leite em oito níveis, que vão de cinco a 40 quilos por dia”, disse a Seapi.

Estresse térmico

“A primavera propiciou a ocorrência de situação de estresse térmico, levando à estimativa de queda de produção de leite nas dez regiões ecoclimáticas do Estado avaliadas. Os eventos climáticos extremos ocorridos durante a estação também trouxeram consequências à produção leiteira”, analisa a pesquisadora Adriana Kroef Tarouco, uma das autoras do Comunicado.

As regiões da Serra tiveram os maiores períodos em conforto térmico. Já o Vale do Uruguai e Baixo Vale do Uruguai registraram períodos mais elevados de estresse térmico aos animais durante a primavera.

Segundo a Seapi, os municípios de Itaqui e São Borja (Baixo Vale do Uruguai) e Porto Vera Cruz (Vale do Uruguai) são os locais onde se registrou maior situação de estresse térmico no mês de novembro.