Cotidiano

Estelionatário é preso com mercadorias compradas por empresa fantasma em Pelotas

Policiais da 3ª Delegacia de Polícia de Pelotas, no Sul do RS, deflagraram, nesta terça-feira (14), a Operação Corona e prenderam em flagrante um homem por estelionato. Ele estava na posse de mercadorias compradas por uma empresa fantasma. O estelionatário mantinha em um depósito 360 duchas compradas por uma empresa criada de forma fraudulenta.

O homem foi preso no Shopping Guabiroba, no bairro Fragata, após denúncias de que ele estaria aplicando golpes em clientes do centro comercial. Com a prisão dele, uma quadrilha foi desarticulada.

Segundo a delegada Márcia Chiviacowsky, nas investigações, foi identificada uma associação criminosa que agia em Pelotas cometendo o crime de estelionato do tipo “Arara”, na qual os investigados utilizavam empresas fantasmas ou fraudadas para compras de mercadorias via internet, as quais não eram pagas após o recebimento.

“O grupo se utilizava de vários CNPJ’s falsos, comprava os produtos online, selecionava a forma de pagamento como boleto bancário e não saldava o débito”, relatou a delegada. A Polícia Civil estimou prejuízo de R$ 1 milhão no período de três meses em que ocorreram as investigações.

Em cumprimento a mandados de busca e apreensão, diversas mercadorias obtidas de forma fraudulenta, avaliadas em R$ 500 mil, foram apreendidas em depósitos, com destaque para as 360 duchas da marca Corona.

Foram identificados todos os integrantes da associação criminosa – sete pessoas – e seus locais de atuação, depósitos e escritórios. Após o cumprimento dos procedimentos de praxe, o estelionatário preso nesta terça-feira foi encaminhado ao sistema prisional.

A delegada da 3ª DP de Pelotas solicitou à Justiça a prisão preventiva dos criminosos enquadrados nos crimes de estelionato e associação criminosa. No entanto, o pedido foi negado pelo juiz da 2ª Vara Criminal, José Antônio Dias da Costa Moraes. O magistrado considerou em sua decisão que o argumento de que “o grupo não oferecia riscos nem se utilizava de meios violentos para cometer a prática de estelionato”.