Em mais uma derrota do governo de Jair Bolsonaro, os Estados Unidos optaram em não abrir o seu mercado para a importação da carne bovina in natura do Brasil, confirmou nesta segunda-feira (4) o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A decisão dos Estados Unidos de não retirar o veto aconteceu após uma inspeção técnica em junho, na qual avaliou frigoríficos de bovinos e suínos. O relatório apontou que os frigoríficos do país precisam de novas vistorias. O documento foi disponibilizado para o governo brasileiro na última quinta-feira (31).
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, admitiu ter ficado “desapontada” com a decisão dos EUA, mas ela “acredita no excelente relacionamento do Brasil com os Estados Unidos para resolver a questão”.
Os EUA optaram em não comparar mais carne bovina in natura do Brasil em 2017, muito por conta da Operação Carne Fraca, que denunciou um esquema de adulteração de carnes em diversas empresas, o que gerou uma crise com outros países que suspenderam temporariamente a importação do produto.
O assunto foi um dos temas debatidos entre Bolsonaro e Donald Trump, em 2017, durante a viagem do chefe de Estado brasileiro aos Estados Unidos.
De acordo com o Ministério da Agricultura, o veto norte-americano será um dos assuntos da viagem de Tereza Cristina aos EUA, que ocorrerá entre os dias 17 e 23 de novembro.