Está mais difícil encontrar emprego na região metropolitana, aponta FEE

Número de pessoas em idade economicamente ativa desempregadas cresceu de 115 mil para 134 mil

A taxa de desemprego na região metropolitana de Porto Alegre subiu – entre março e abril – para 7,1%, conforme dados divulgados na manhã desta quarta-feira (27) pela FEE/RS (Fundação de Economia e Estatística). Contudo, o Rio Grande do Sul se mantém com a taxa mais baixa de desemprego entre as seis regiões metropolitanas pesquisadas.
Segundo a fundação, o número de pessoas em idade economicamente ativa desempregadas na RMPA (região metropolitana de Porto Alegre) cresceu de 115 mil para 134 mil.

Mais gente em busca de emprego

Virgínia Donoso, pesquisadora do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), explica que essa elevação do desemprego se deve ao aumento na quantidade de pessoas em busca de emprego – chamada pelos técnicos da área de “população economicamente ativa” –, que teve um ingresso de 43 mil pessoas, superior ao número de vagas abertas (24 mil no período). Os segmentos da indústria e construção tiveram um bom desempenho, absorvendo quatro mil pessoas cada um.
O economista da FEE Raul Bastos pondera que, dentre os vários fatores possíveis, que podem explicar o aumento significativo na população economicamente ativa é a elevação do desemprego dos chefes de domicílio e a movimentação em 2014. “No ano passado houve uma saída importante de pessoas do mercado de trabalho e já esperávamos que em algum momento isso iria se reverter”, explica.

Houve, ainda, redução da renda em 1,2% entre os ocupados e de 1,7% entre os assalariados, mas o índice ficou estável para os autônomos, conforme a fundação.