A Polícia Civil conseguiu resolver um dos oito casos de morte por esquartejamento este ano em Porto Alegre. O caso ocorreu na vila Mário Quintana, bairro Rubem Berta no dia 4 de agosto, quando o corpo de Sérgio Eraldo Gomes Guimarães foi encontrado pela polícia e a cabeça há cerca de 500 metros de distância.
Conforme a 5ª DPHPP (5ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa), o crime foi complexo e cruel. O autor foi Robson Thierry Dutra Brasil, 19 anos, que confessou a execução com frieza e não entregou dois comparsas, que seguem sendo procurados.
De acordo com a delegada Luciana Smith, o preso, que tem antecedentes por posse e tráfico de drogas, assumiu a responsabilidade do crime. O assassinato foi registrado em um vídeo postado depois nas redes sociais. Em um dado momento aparecem a tatuagem do esquartejador, sendo a mesma existente no indivíduo preso.
“Pelas imagens feitas pelos criminosos, verificamos que as tatuagens do homem eram compatíveis com o preso”, relata a delegada titular da 5ª DPHPP. A primeira pista sobre o crime surgiu quando, através de uma denúncia anônima, os agentes chegaram até uma casa, usada em reciclagem, no Loteamento Timbaúva.
Banheiro onde ocorreu o crime foi demolido para apagar vestígios
O esquartejamento foi realizado em um banheiro que depois foi demolido. Segundo o diretor do IGP (Instituto-Geral de Perícias), Cléber Müller, foi constatado que o banheiro da residência, onde a vítima foi morta havia sido alterado. Tanto as paredes quanto os azulejos foram trocados, como forma de não deixar vestígios.
“O luminol encontrou os vestígios que seriam de sangue humano, mais tarde o exame de DNA comprovou que era da vítima. O laudo final determinará a causa mortis da vítima”, concluiu o diretor.
Conforme o Diretor do DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa), delegado Paulo Rogério Grillo, a principal motivação do ato brutal seria o tráfico de drogas, já que a vítima, de acordo com o depoimento do preso, traficava e buscava informações no território da organização que ele fazia parte. “Preso e vítima são de organizações que disputam poder e pontos de tráfico na Capital e a brutalidade do crime serviu como forma de intimidação”, disse Grillo.