Cotidiano

Espanha e Chile pedem para Brasil continuar no Acordo de Paris

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, e o presidente do Chile, Sebastián Piñera, pediram para o Brasil não renunciar ao Acordo de Paris contra a mudança climática. Pelo acordo, todos se esforçarão para reduzir emissões de gases de efeito es...

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, e o presidente do Chile, Sebastián Piñera, pediram para o Brasil não renunciar ao Acordo de Paris contra a mudança climática. Pelo acordo, todos se esforçarão para reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEE) no contexto do desenvolvimento sustentável.

O novo primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, ao anunciar seu novo governo

O primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez – Mariscal/EFE/Direitos reservados

A proposta foi feita pelo candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, no primeiro turno das eleições. O Brasil se comprometeu a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis de 2005, em 2025. Aumentando gradualmente a redução das emissões em 43% abaixo dos níveis de 2005, em 2030.

Sánchez e Piñera concederam entrevista coletiva em Madri. Sánchez manifestou “enorme preocupação” com a possibilidade de que o Brasil deixe o pacto mundial em um momento no qual, segundo ele, é preciso tomar decisões muito urgentes e muito drásticas em matéria de meio ambiente.

“Qualquer que seja o resultado do processo eleitoral brasileiro, desejo que o governo se una a esses compromissos internacionais, que vão além da mera assinatura de um tratado e representam verdadeiro compromisso intergeracional que é fundamental reivindicar”, destacou o presidente espanhol.

O presidente do Chile, Sebastián Piñera

O presidente do Chile, Sebastián Piñera – (David Fernández/Agência EFE/Direitos Reservados

Piñera acrescentou ter grandes divergências com Bolsonaro em “tudo aquilo que representa uma conduta discriminatória ou fascista”, mas também concordâncias em temas como integração econômica e modernização da economia.

O presidente chileno também fez uma ressalva, ao afirmar que uma vitória do candidato do PSL aconteceria por decisão do povo brasileiro, visto por ele como “grande parceiro e amigo” do Chile e “com o qual é preciso manter relações próximas”.

*Com informações da Agência EFE