Cotidiano

Espaços exclusivos para delivery permitem aumentar faturamento

Com o objetivo de atender um público que exige cada vez mais qualidade e agilidade, a Delivery Center trouxe para o Brasil uma tendência que já está consolidada no exterior, especialmente na Ásia: as dark kitchens. São restaurantes apenas com cozinhas e sem clientes consumindo no local, voltados exclusivamente para as entregas. Para apresentar as vantagens e potenciais desse formato, a empresa realizou um workshop na última semana, reunindo gestores de restaurantes.

O encontro ocorreu no dark mall da Delivery Center, localizado na Avenida Protásio Alves, em Porto Alegre. É um prédio que foi estruturado para acomodar 27 estabelecimentos. Com três mil metros quadrados e mais da metade do espaço já ocupado e ativo, o local permite atender pedidos em um raio de até oito quilômetros, atingindo 30% da população da Capital.

Entre os principais benefícios para o empreendedor está o baixo custo – tanto para investir e abrir o negócio, como para manter a operação. É preciso apenas instalar os equipamentos, já que a estrutura é toda pré-montada. Como as obras são mais simples do que em relação às lojas em ruas, há ganhos financeiros e de tempo.

CEO da Delivery Center, Andreas Blazoudakis destacou que o mercado gastronômico está bem aquecido e movimenta bilhões de reais. “Vivemos em um momento de revolução da food delivery e dos táxis, tanto que algumas empresas já contemplam os dois segmentos em uma mesma tecnologia”, afirmou Blazoudakis, que é cofundador da Movile e acionista de empresas como iFood, Apontador e Sympla.

Um dos primeiros lojistas a ocuparem esses espaços, Frederico Von Hoonholtz confirma as vantagens do modelo de negócio. “A Delivery Center veio como um facilitadora. Antes, destinava parte do meu tempo só pensando em logística. Além disso, ações realizadas em conjunto ampliaram nossas vendas em até 50% em alguns meses”, garantiu um dos sócios do Mix Natural, que migrou totalmente a operação de telentrega para a central. A solução corresponde a 90% de suas vendas.

Gabriel Gandolfi, sócio-proprietário do Woking Thai Food, ressaltou que a logística compartilhada impulsiona os negócios. “Várias operações se unem para fazer um trabalho mais próspero e profissional. Desde junho, esta é a nossa primeira loja 100% dedicada ao serviço de delivery e já representa a maior venda”, confidenciou o gestor.

Mais três marcas conhecidas começaram a atender a partir do modelo delivery only este mês. Spoleto e Koni escolheram a Delivery Center para abrir suas novas unidades em Porto Alegre. Ambas as marcas estão entre as três que mais geram pedidos e entregas na Delivery Center do Rio de Janeiro.

“Percebi que o ramo de alimentação não tem crise. Enxerguei esse modelo de negócio como um grande facilitador e um potencial para investir. Trata-se de uma operação enxuta, em que não preciso me preocupar com a entrega. A operação fica mais segura, uma vez que só preciso me preocupar com a produção”, ressalta Carlos Masiero, proprietário das franquias.

No dia 30, abrirá mais uma operação de peso em Porto Alegre: a Giraffas. Somadas, as três marcas totalizam quase mil lojas espalhadas pelo Brasil. O workshop contou com a presença de representantes de diversos restaurantes e franquias, como McDonald’s, Applebee’s, Subway, Pizza Hut, Al Nur, Oak’s Burritos e TeleTrago.

Crescimento

Para oferecer uma solução compartilhada de comércio online para estabelecimentos físicos, a Delivery Center planeja ter 200 centrais de delivery nas dez principais capitais brasileiras. Além de prédios especializados como o da Avenida Protásio Alves, também chamados de dark malls, a empresa utiliza shopping centers, centros comerciais, galerias e mercados como plataformas de distribuição para atender clientes das redondezas.

Entre outros canais, as vendas ocorrem pelo aplicativo DTudo, onde também são oferecidas mercadorias dos lojistas do Shopping Total. “Somos a primeira plataforma aberta do mercado, e nosso conceito é reunir foods e goods”, concluiu Andreas.