A equipe de transição do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro negocia para tentar assegurar a autonomia do Banco Central. Durante a campanha presidencial, o economista Paulo Guedes, que assumirá o superministério da Economia – que reunirá Fazenda, Planejamento e Indústria, Comércio Exterior e Serviços -, disse que a estabilidade da moeda é que impulsiona a organização da produção do país e a manutenção do poder de compra da moeda, processo atrelado à independência do BC.
Assim como Guedes, o atual presidente do BC, Ilan Goldfajn, defende a independência da instituição. Porém, a equipe de Bolsonaro ainda aguarda uma definição de Goldfajn sobre sua permanência no cargo. Para Guedes, o natural é ele continuar.
Ontem (7), Goldfajn esteve reunido com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), quando conversaram sobre o projeto de independência do BC. Segundo integrantes da equipe de transição, a reunião com Maia é uma sinalização de entendimento sobre a eventual permanência de Goldfajn no cargo.
Há ainda outros nomes também cotados para assumir o BC, como Roberto Campos Neto, Afonso Bevilaqua, Mário Mesquita, Beny Parnes e o atual diretor de de Política Econômica do banco, Carlos Viana.