Cotidiano

Emergência do SUS Bom Jesus tem protesto contra possibilidade de terceirização

Com usuários, trabalhadores e comunidade, o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) realizou na terça-feira (10), um ato em defesa da emergência do SUS Bom Jesus. A ação contou com representantes do Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul (Coren/RS), Sindicato dos Enfermeiros do RS (Sergs), Sindisaúde, Associação dos Servidores do Hospital de Pronto Socorro (ASHPS), Conselho Municipal de Saúde e Conselhos Distritais Nordeste e Leste.

Segundo o Simpa, a prefeitura pretende terceirizar o Pronto Atendimento Bom Jesus (PABJ), com o repasse da gestão à Santa Casa.

“O governo precariza o serviço de saúde para justificar a terceirização, a falta de recursos humanos e as péssimas condições de trabalho dificultam um atendimento de qualidade aos usuários do SUS”, diz o Simpa, que afirma que por conta do que afirmam caracterizar-se como uma precarização, a emergência fechou duas vezes, somente em junho, deixando centenas de usuários sem atendimento.

No dia 26/6, o Simpa recebeu uma denúncia de que o Pronto Atendimento Bom Jesus (PABJ) seria visitado por uma comitiva integrada por representantes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e dirigentes do Complexo Hospitalar Santa Casa, com intuito de oferecer a gestão à esta instituição privada.

Conforme a Legislação do Sistema Único de Saúde (SUS), todas as ações em saúde pública devem ser debatidas e deliberadas pelo Conselho Municipal de Saúde (CMS). O Simpa afirma que o governo age de forma antidemocrática e ignora a legislação vigente.

“A coordenação do Conselho Distrital e lideranças repudiaram mais este ataque ao SUS, patrocinado pelo prefeito Marchezan e pelo secretário de saúde, Erno Harzheim”, diz o sindicato.

Na última plenária do Conselho Municipal de Saúde, informa o Simpa, foi deliberado que seria criado um Grupo de Trabalho, composto por trabalhadores, usuários e o gestor para realizarem um diagnóstico situacional da Emergência Bom Jesus, a fim de subsidiar o plenário do Conselho para tomar uma decisão em relação a tentativa do governo de entregar a unidade para a iniciativa privada.

No dia 16 de julho, será realizado um ato popular, a partir das 18h, em frente ao CTG Raízes do Sul, no bairro Bom Jesus.