Momentos depois do depoimento da ré Graciele Ugulini, foi a vez de Edelvânia Wirganovicz, falar sobre a morte do menino Bernardo Boldrini. A oitiva, porém, foi interrompida após a ré passar mal em plenário. Ela até retornou ao salão do júri, mas não irá mais se manifestar.
Edelvânia afirmou em juízo que foi coagida pela Polícia Civil a admitir participação na morte e na ocultação do cadáver de Bernardo. Conforme o depoimento dela, a “policial colocou uma arma na mesa” para intimidá-la. E que a agente colocou a câmera para filmá-la em seguida.
A ré reclamou que não teve o direito a prestar depoimento na presença de um advogado. A fala dela já havia sido contestada pela Polícia Civil. O Ministério Público deve tomar atitude similar durante as quatro horas de debate.
Durante sua fala, Edelvânia ainda acusou Graciele de ter um amante em Frederico Westphalen. Também afirmou em juízo que não entendia a rixa que a mulher de Leandro Boldrini tinha com Bernardo. Ela destacou que a morte de Bernardo foi acidental, assim como Graciele, e que entrou em pânico ao perceber que o menino havia entrado em óbito.
Edelvânia admitiu que cavou o buraco usado para enterrar Bernardo. Disse que usou um macaco hidráulico e uma chave de roda para abrir a cova. Antes de passar mal, ressaltou que não houve injeção na veia de midazolam ou uso de soda cáustica.
Logo após a juíza Sucilene Werle terminar suas perguntas, Edelvânia passou mal. Ela foi atendida e a sesssão suspensa até às 14h.
Irmão da ré nega envolvimento
Logo após a retomada dos trabalhos e a decisão de Edelvânia não responder mais as perguntas, quem foi ouvido foi Evandro Wirganovicz. Da mesma forma que ela, o acusado respondeu apenas perguntas da juíza e do advogado de defesa. “Eu nunca fiz nada de errado, não se trata de negar. Eu somente não fiz nada”.
Emocionado e, muitas vezes chorando, pediu para ser inocentado pelos jurados por diversas vezes. “Se devesse, podia tirar meus filhos de mim. Mas eu não fiz, eu não devo”, lamentou.
