Dona de clínica suspeita de aplicar vacinas falsas em NH deve cumprir prisão domiciliar

O estabelecimento estaria enganando pacientes que buscavam vacina contra febre amarela e meningite, conforme investigação da Polícia Civil.

A Justiça determinou, na tarde desta sexta-feira (16), a prisão domiciliar de Luciana Sandrini Rihl, a dona da clínica Vacix. O estabelecimento estaria enganando pacientes que buscavam vacina contra febre amarela e meningite, conforme investigação da Polícia Civil.

O despacho que da Juíza Angela Roberta Paps Dumerque negou o pedido de revogação da prisão preventiva de Luciana. A magistrada determinou a conversão da prisão para domiciliar.

Conforme a juíza, que é substituta na 2ª Vara Criminal do Foro hamburguense, “a ré enquadra-se na previsão legal que estabelece a prisão domiciliar, uma vez que possui dois filhos na faixa dos 10 anos de idade”. A magistrada justifica como necessária para garantir a instrução criminal.

“Diante das providências tomadas pela Vigilância Sanitária de interdição do estabelecimento comercial e apreensão de todos os medicamentos existentes naquele local e na residência da ré, não verifico, por ora, risco à ordem pública na conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar”, considerou a juíza.

Luciana Rihl é proprietária da clínica Vacix, em Novo Hamburgo, e investigada por suposta fraude envolvendo a aplicação de vacinas contra a febre amarela. Ela também terá o passaporte apreendido.

Fica proibida de deixar sua residência sem autorização judicial e de comunicar-se com a empresa, funcionários ou clientes da Vacix. Está também vedada a utilização de meios de comunicação.

Quebra de sigilo

A pedido da autoridade policial, a Juíza Angela Roberta Paps Dumerque autorizou a quebra do sigilo do conteúdo armazenado nos aparelhos telefônicos apreendidos com a ré durante a investigação.