O dólar e as taxas futuras de juros disparam nesta quarta-feira, impulsionados pelo aumento das preocupações com as contas públicas, após novos sinais de crise entre o governo e a base aliada no dia em que equipe da Standard & Poor’s (S&P) está no Brasil para começar a avaliar o “rating” soberano do País.
Nos juros, a diferença entre o DI janeiro de 2021 e o janeiro de 2017 – considerada uma medida de risco – subiu ao maior patamar desde dezembro, denunciando o receio do mercado com as perspectivas para a economia.
Por volta das 13h, a moeda era vendida a 2,9956 reais, em alta de 2,33%. Na terça-feira, o câmbio fechou a 2,928 reais na venda, maior nível desde 2 de setembro de 2004, quando foi a 2,940 reais.
A senha para o mau humor foi a devolução ontem pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), da Medida Provisória 669, que reverteu parte da desoneração da folha de pagamento das empresas.
O temor é que o embate político ameace a implementação das medidas fiscais propostas pela equipe econômica liderada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, colocando em risco a nota de risco de crédito soberano do Brasil.
Cotidiano