Ao menos 80 moradores já registraram reclamação pelo telefone 156 por conta do gosto ou cheiro na água oferecida pelo DMAE (Departamento Municipal de Águas e Esgotos). As alterações foram percebidas por moradores das regiões ao redor do Moinhos de Vento e em alguns bairros da zona Norte.
Por conta disso, o órgão da Prefeitura de Porto Alegre fez análises na água para descobrir se há ocorrência de algas ou cianobactérias no Lago Guaíba. O problema é recorrente. Conforme o próprio DMAE, entre fevereiro e março de 2017, foram 287 registros e, entre abril e setembro de 2016, 827 ocorrências.
Com o aumento do número de ligações para o fone 156, o DMAE mudou a forma de tratar a água. Há maior acréscimo de dióxido de cloro e iniciou a dosagem de carvão ativado no pré-tratamento da água para consumo humano. Esses insumos têm por objetivo amenizar as alterações percebidas pelos moradores.
O Departamento diz que “segue em permanente monitoramento dos seus pontos de captação no Lago Guaíba”. “O Dmae assegura que a água distribuída permanece potável e segura para consumo, pois atende aos parâmetros do Ministério da Saúde”, conclui a nota.
Se confirmado, a ocorrência de algas e cianobactérias é favorecida pelas condições deste verão com pronunciada estiagem. A cor do lago, segundo o Departamento, não apresenta ainda o tom esverdeado característico da floração das algas e cianobactérias. A última vez que isso ocorreu foi em 2012.