O diretor do Museu Histórico Nacional, Alexander Kellner, deseja que o Orçamento da União de 2019 destine verba para a reformulação do prédio incendiado ontem, no Rio de Janeiro.
Ele pretende, também, um terreno anexo e uma verba mínima para cercá-lo para que pelo menos parte do museu volte a funcionar, mantendo as pesquisas possíveis.
Kellner contou ter passado a noite acompanhando o combate ao incêndio que destruiu praticamente todas as dependências do principal museu do país.
“Por aqui passaram Dom João VI, Dom Pedro I, Dom Pedro II e a Princesa Isabel. Se há um prédio que tem que ser preservado é esse aqui. Todas as coisas têm que ser colocadas e averiguações devem ser feitas. Tem razão quem pergunta o que foi perdido. Isso é um direito da sociedade saber. Precisamos que a sociedade nos ajude no próximo passo”, disse.
O diretor lembrou que o prédio não nasceu para ser um museu e disse que o tombamento histórico impedia algumas adaptações. Ele pediu mais investimentos e apoio do poder público e disse esperar o resultado da perícia a ser feita pela Polícia Federal.
“Não adianta só se indignar. A gente tem que pensar no futuro. Precisamos da ajuda da sociedade”, finalizou.
* Estagiária sob a supervisão de Mario Toledo