Cotidiano

Descoberta causa do mau gosto e odor na água de Porto Alegre

A Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental) divulgou, nesta segunda-feira (4), que descobriu a causa do mau gosto e do odor na água de Porto Alegre. Desde o último dia 7, um grupo de trabalho foi reunido com o objetivo de identificar os elementos ou compostos que alteraram o gosto e o cheiro da água distribuída pelo Dmae (Departamento Municipal de Água e Esgoto) em algumas regiões da Capital. As reações negativas dos consumidores começaram a aparecer há cerca de 45 dias.
Embora as reclamações tenham surgido dos mais variados pontos da cidade, portanto da água produzida nas cinco estações de tratamento (só não houve nenhum caso na região das ilhas), foi na zona central e especialmente na zona Norte que se concentraram os relatos mais agudos. As análises feitas pela Fepam apontaram a proligeração de bactérias actinomicetos. A proliferação foi constatada em uma estação de bombeamento de água operada pela Trensurb. O bombeamento ocorre para evitar alagamentos nos trilhos na região da Ponte do Guaíba.

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A análise apontou a presença de uma concentração alta de bactérias, são cerca de 35 milhões de bactérias actinomicetos por mililitro de água. Essa bactéria só é capaz de produzir substância que dão sabor e odor diferenciados à água, não oferecendo riscos à saúde humana.
Não há previsão de normalização das condições da água de Porto Alegre. Entretanto, o padrão de potabilidade está mantido, especialmente do ponto de vista microbiológico. Não se trata de algas, como em anos anteriores. As análises toxicológicas deram negativas. Também nada foi constatado referente à presença de nutrientes. O Instituto de Química da UFGRS já garantiu que os compostos detectados estão em uma concentração muito baixa, o que explica as alterações de gosto e odor sem interferir nos padrões que garantem a potabilidade da água.