Uma pesquisa encomendada pela SES (Secretaria da Saúde) aponta que o descaso e a desinformação de pais ou responsáveis por crianças de até seis anos são as principais causas da não vacinação no Rio Grande do Sul.
A coleta de dados ocorreu entre 19 e 30 de setembro em 13 municípios gaúchos. De acordo com o governo do Estado, foram entrevistadas 1.371 pessoas cujos filhos tinham, ao menos, uma dose do calendário básico em atraso.
Os resultados foram divulgados nesta terça-feira (12) pela secretária Arita Bergmann, durante coletiva de imprensa, e servirão para balizar ações da pasta ainda neste ano.
“Pretendemos criar mecanismos para que as pessoas possam tirar dúvidas e também vamos apoiar os municípios de forma mais objetiva e presente, mobilizando a força de trabalho nas unidades básicas de saúde, inclusive os agentes comunitários. Também vamos trabalhar na capacitação das equipes e, com os gestores municipais, buscar a ampliação do horário de funcionamento das unidades”, disse Arita.
No levantamento, 59% das pessoas apontaram motivos pessoais para a não vacinação, como esquecimento, medo de efeitos colaterais e falta de tempo, revelando descaso ou mesmo desinformação.
Questões da saúde da criança, como contraindicação médica e alergia ao ovo, somaram 31% dos motivos citados. Problemas nas unidades básicas de saúde, como horário de atendimento, localização do posto ou falta de vacina, também foram citados por 30% das pessoas.
Mesmo que por algum motivo não tenham vacinado as crianças, mais de 96% disseram acreditar na imunização e a consideram importante. Apenas 4% responderam não acreditar na eficácia das doses.
A influência das notícias falsas também foi analisada e 31% disseram já ter lido ou ouvido informações antivacina na internet.
Porém, mais de 84% desses afirmaram não ter acreditado nos relatos e notícias, mostrando confiança na vacinação.