Depois de uma semana de oscilações, a moeda norte-americana fechou a semana em queda. O dólar comercial caiu R$ 0,031 (-0,87%) e encerrou a sexta-feira vendido a R$ 3,483. Após sete semanas seguidas de alta, a cotação caiu 0,71% nesta semana.
A moeda operou em queda durante toda a sessão. Na mínima do dia, por volta das 11h50, chegou a ser vendida a R$ 3,461. Nas horas seguintes, o ritmo de queda diminuiu. Na última hora da sessão, a cotação voltou a ficar acima de R$ 3,48. A divisa acumula alta de 1,71% em agosto e 31% em 2015.
Desde que a equipe econômica anunciou, há três semanas, a redução para 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) da meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida pública), a alta do dólar acelerou-se. Segundo economistas ouvidos pela, a possibilidade de o país perder o grau de investimento das agências de classificação de risco pressionou o câmbio, que deve se acomodar em um novo patamar.
O cenário externo também influenciou na queda do dólar. Nesta sexta, as autoridades chinesas deram por concluído o processo de desvalorização do yuan, e a moeda do país teve a primeira valorização desde terça-feira (11).
De acordo com o Banco Popular da China, o yuan voltou gradualmente aos níveis de mercado e permanecerá uma moeda forte no longo prazo, sem base para uma forte e substancial desvalorização. Nos últimos três dias, a moeda acumulava queda de 4,66%, a maior desvalorização dos últimos 20 anos.
A desvalorização da moeda chinesa provocou turbulência no mercado financeiro internacional e fez o dólar subir em todo o planeta nesta semana. O yuan mais barato estimula as exportações da China, mas prejudica a recuperação das economias da zona do euro e dos Estados Unidos, que enfrentam maior concorrência com os produtos chineses.
Cotidiano