O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, disse que poderá pedir ajuda da Polícia Militar (PM) para fiscalizar a aglomeração em bares. Durante o final de semana, foi grande o número de pessoas sem máscaras e sem o distanciamento mínimo estabelecido nos bares da capital fluminense, sendo que muitas se negaram a sair, desrespeitando a presença de fiscais da prefeitura.
“A gente tem que pedir à Polícia Militar para acompanhar os nossos fiscais. Porque há um desacato às autoridades. Os fiscais vão ali para salvar as pessoas, que estão se expondo a uma doenças perigosa. A partir do momento em que eles são recebidos com tanta violência verbal e até ameaças, nós vamos precisar pedir o apoio da Polícia Militar, para intervir e levar para a delegacia. Isto é crime de desobediência”, disse Crivella.
Segundo o prefeito, quem descumpre as medidas de distanciamento social, coloca a própria vida e a dos outros em risco: “Pior que o coronavírus é o surto de imprudência, de negligência. Isso depende da consciência de cada um. Não faz sentido nenhum a gente ter de novo uma pandemia, uma curva alta, por imprudência das pessoas”.
Desacato e demissão
Um casal foi registrado por câmeras de vídeo questionando um dos fiscais da prefeitura durante uma das operações. Identificada, a mulher foi afastada da empresa onde trabalhava. Em nota, a Taesa – Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A. alegou que não concordava com atitudes contrárias às medidas de combate à pandemia.
“A companhia não compactua com nenhum comportamento que coloque em risco a saúde de outras pessoas ou com atitudes que desrespeitem o trabalho e a dignidade de profissionais que atuam na prevenção e no controle da pandemia de covid-19. Diante dos fatos expostos, decidiu pelo afastamento da funcionária”, manifestou a empresa. A mulher não foi localizada para se manifestar.
Balanço das operações
A prefeitura divulgou um balanço de três dias de operações de fiscalização em bares e restaurantes entre a noite de quinta-feira (2) e a madrugada de domingo (5). Foram inspecionados 108 estabelecimentos, com cinco interdições e 56 multas, a maioria por falta de higiene, funcionamento irregular e aglomeração.
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