SAÚDE

Cresce o número de infartos em jovens

Os dados apontam que cresceu o número de infartos em jovens no Brasil.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

As doenças cardiovasculares são as mais prevalentes na população mundial e a principal causa de morte no país. Os dados apontam que cresceu o número de infartos em jovens no Brasil.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, as doenças cardiovasculares causam o dobro de mortes que aquelas devidas a todos os tipos de câncer juntos. Além disso, proporcionam 2,3 vezes mais óbitos que todas as causas externas (acidentes e violência) e três vezes mais que as doenças respiratórias.

Estima-se que, por ano, pelo menos 400 mil pessoas morrem por doenças cardiovasculares, o que significa uma morte a cada um minuto e meio. Isso acontece porque as patologias do coração são muitas e acometem grande parte da população brasileira.

“A incidência no público mais jovem vem aumentando consideravelmente por causa de alguns fatores, tais como: estilo de vida sedentário com baixa adesão à realização de atividade física, má alimentação, tabagismo e estresse, os quais culminam com o desenvolvimento precoce de doenças como hipertensão arterial, diabetes e colesterol elevado que contribuem para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares como o infarto”, explica o cardiologista Jasvan Leite.

“A situação acende um alerta ainda maior porque apenas 2% dos brasileiros sabem reconhecer os sintomas de um infarto”, completa.

Sintomas

Segundo o cardiologista, dores e sensação de aperto no peito, associado a falta de ar, sudorese fria e náuseas podem ser alguns sintomas de que a pessoa esteja sofrendo um infarto.

“Os males que acometem o coração começam a surgir por volta dos 30 anos. Porém, pessoas que apresentam histórico familiar ou fatores de risco devem procurar atendimento médico mais cedo”, recomenda.

“Sempre há tempo para mudar hábitos e obter benefícios com a reversão. A dica mais importante é começar hoje, não amanhã. Realizar exercícios físicos regularmente, por 30 minutos, ao menos cinco vezes por semana; comer de forma balanceada e saudável; ficar atento ao peso; desligar o celular e os equipamentos eletrônicos na hora de dormir; tomar os remédios conforme prescrição médica; administrar o estresse, reservando tempo para relaxar e descansar, incluindo atividades de lazer”, ressaltou Leite.