O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, foi hoje à cidade de Rivera, que faz fronteira com Santana do Livramento, para acompanhar de perto as ações de prevenção e combate ao novo coronavírus na região.
Ontem foram registrados oito novos casos de contaminação na cidade, que soma 38 casos no total e duas mortes. Santana do Livramento, no lado brasileiro, tem 35 casos e uma morte, de acordo com dados do site do governo do Rio Grande do Sul.
O Uruguai tem 803 casos confirmados da doença. Dessas, 650 pessoas já estão curadas e 22 morreram. Seis cidades brasileiras fazem fronteira com o país.
É a segunda vez que o presidente visita Rivera nesta semana. Na segunda-feira (25), Lacalle Pou havia estado na cidade, onde anunciou diversas medidas como a suspensão da data de início das aulas (previsto para junho), aumento no número de leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva), controles nos comércios e reforço nas fronteiras.
O mandatário disse ainda, na segunda-feira, que conversou com o presidente Jair Bolsonaro e que ambos manifestaram preocupação com as cidades fronteiriças e concordaram em ativar um tratado binacional de emergência sanitária.
“Estivemos aqui outro dia com parte da equipe do governo, e com a prefeitura também, avaliando medidas. Como estamos atentos ao assunto, viemos hoje para ver um pouco como estão funcionando os bloqueios (nas fronteiras), os testes aleatórios e a vida do povo de Rivera”, disse hoje o presidente.
Entre as medidas adotadas em Rivera, estão barreiras sanitárias, instaladas em pontos estratégicos de acesso à cidade e um controle militar de estradas pelo Ministério da Defesa, impedindo a passagem, exceto por razões justificadas.
Também estão fazendo a checagem dos passageiros de ônibus intermunicipais, para verificar se têm febre ou sintomas respiratórios. No Uruguai, o uso da máscara é obrigatório e está sendo cobrado durante as viagens. Além disso, cerca de mil testes foram entregues a Rivera nesta semana, para testagem aleatória da população.
“Cada contágio nos preocupa, alguns principalmente pela maneira como ocorrem, por onde ocorrem e pela eventualidade de não poderem ser controlados. A ideia das autoridades de saúde pública é fazer testes aleatórios para descobrir se houve um contágio maciço ou não”, afirmou Lacalle Pou.
O ministro da Saúde, Daniel Salinas, disse hoje que dos 266 testes aleatórios realizados na cidade nesta semana, e processados até quarta-feira (27) à noite, todos foram negativos. Mais de 120 pessoas de Rivera que tiveram contato com casos positivos foram postas em quarentena.