Cotidiano

Corregedoria da Brigada Militar apura uso indevido de viaturas no Litoral Norte

Conforme a reportagem, os policiais estariam usando viaturas oficiais para deslocamentos entre cidades do Litoral.

A Corregedoria da Brigada Militar abriu inquérito para apurar o uso indevido de viaturas por um grupo de policiais no 3º BABM (Batalhão Ambiental da Brigada Militar), de Capão da Canoa. O processo foi iniciado no dia 28 de setembro. A denúncia foi exibida pelo programa Balanço Geral, da TV Record, nesta sexta-feira (7).

Os carros da BM estariam sendo usados para ir das cidades em os PMs que moram, Torres, até a cidade onde trabalham, em Capão da Canoa, o que configura uso particular e se torna conduta ilegal. A investigação da BM apura se as viaturas que tiveram registros por “serviço administrativo” no livro de bordo, estavam – na verdade – sendo usadas indevidamente.

A denúncia foi feita por um policial que não concorda com o uso indevido dos veículos. Ele afirmou que todos os policiais sabem do esquema e que o caso já é investigado.

Flagra de irregularidades

Uma das viaturas do 3º BABM, de número 8894, que deveria ser usada exclusivamente em ações de policiamento ostensivo, foi usada durante a noite, em deslocamento entre as Capão e Torres fora do horário de serviço dos PMs. A reportagem da TV Record flagrou a viatura com dois PMs deixando a primeira cidade e indo até a segunda.

O vídeo mostra o Ford Fiesta da BM em deslocamento da ERS-389, a Estrada do Mar, com o sistema de “giroflex” ligado e em alta velocidade pela rodovia e forçando ultrapassagens em pista de rolamento contínuo. Depois, a viatura de Capão da Canoa é deixada no Batalhão Ambiental de Torres. O veículo só é devolvido no outro dia à sede.

Comando nega, mas Corregedoria investiga

Outro detalhe é que a cidade de Torres não pertence ao 3º BABM, sediado em Capão. O comandante do batalhão, o tenente Coimbra, negou o uso irregular das viaturas.

No entanto, a própria Corregedoria da BM diz que o caso está sendo investigado e que as viatura pode ter sido usada irregularmente. O IPM (Inquérito Policial Militar) deve ser concluído até novembro.