Cotidiano

Corpos das vítimas de queda de avião no Egito chegam à Rússia

Um avião russo transportando os corpos de 144 das 224 vítimas da queda do Airbus 321 no deserto egípcio do Sinai aterrissou na manhã desta segunda-feira (2) no aeroporto de São Petersburgo. O aparelho, um Ilyushin-76 fretado pelo Ministério das Situações de Emergência, chegou um pouco antes das 6 horas locais ao aeroporto Poulkovo. Um segundo avião deve partir do Cairo esta noite. Os corpos repatriados foram levados de caminhão e sob proteção policial ao necrotério da cidade, onde o processo de identificação já começou.
O Airbus da companhia Metrojet que caiu no Egito decolou na madrugada de sábado (30) saiu do resort de Sharm el-Sheikh e seguia para São Petersburgo, na Rússia. O contato com a aeronave foi perdido 23 minutos depois, quando o aparelho estava a mais de 30 mil pés de altitude.
O avião teria se despedaçado no ar, segundo Viktor Sorotchenko, chefe dos especialistas aeronáuticos russos que lidera as investigações da causa da tragédia. Mas ele afirmou que ainda é muito cedo para tirar qualquer conclusão.

Reivindicação do Estado Islâmico

A queda foi reivindicada pelo braço egípcio do grupo jihadista Estado Islâmico. Os insurgentes desse grupo, que se autodenomina Província Sinai, asseguraram no sábado que “derrubaram” o avião, sem especificar como, em resposta aos ataques russos na Síria. Eles são muito ativos no norte do Sinai, seu principal reduto. Ainda no sábado, o governo egípcio anunciou que as duas caixas-pretas da aeronave haviam sido encontradas e que vão passar por análise.
Especialistas entrevistados pela agência France Presse não excluem, antes da análise das caixas-pretas, que uma bomba possa ter explodido a bordo ou que o avião possa ter sido atingido enquanto descia, por uma razão técnica, por um míssil ou um foguete disparado a partir do solo.