Cotidiano

Controlado fogo subterrâneo na Área de Proteção Ambiental Banhado Grande

Controlado fogo subterrâneo na Área de Proteção Ambiental Banhado Grande

Depois de quase um mês de trabalho, o fogo subterrâneo que atingiu a Área de Proteção Ambiental Banhado Grande (APABG), na Região Metropolitana de Porto Alegre, foi controlado nessa terça-feira (28). A APA é uma das unidades de conservação administradas pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e abriga os biomas Pampa e Mata Atlântica, além de parte da bacia hidrográfica do rio Gravataí.

Pela importância da APA para a manutenção dos ecossistemas, uma força-tarefa foi criada sob coordenação da Sema, com o objetivo de unir forças a partir do apoio de diversas entidades nos trabalhos de combate ao fogo que se alastrava devagar e silenciosamente pela área de 4,5 mil hectares que compreende o Banhado Grande e o Banhado Chico Lomã, entre os municípios de Glorinha, Gravataí, Viamão e Santo Antônio da Patrulha.

Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Brigada Militar e Defesa Civil estiveram presentes desde o início das chamas, em 5 de abril, dando apoio com pessoal e com recursos materiais, como helicóptero. Outras entidades, como Instituto Chico Mendes (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), Exército e Ministério Público Estadual, se uniram ao comitê de prevenção e combate criado no último dia 23.

Mais de cem pessoas se envolveram direta ou indiretamente, estima a gestora da APA, Letícia Vianna. Segundo ela, o fogo está controlado, no entanto, cerca de 900 hectares foram queimados. “Agora sobrevoamos a área com drones e, quando diagnosticamos um local com possível risco, acionamos o helicóptero da Polícia Civil para despejar água. É a soma de competências e peculiaridades que tem apresentado sucesso efetivo neste combate”, destaca Letícia.

Fenômeno raro

O fogo subterrâneo, como o que ocorreu na APA Banhado Grande, é um fenômeno raro no país. Os focos se propagam nas camadas de húmus ou turfa, abaixo da superfície do solo, muitas vezes não apresentam chamas e são de difícil detecção. O fato de o banhado estar praticamente seco em função da estiagem foi um dos fatores para que o fogo se alastrasse.