A guerra entre o Estado de Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas, que começou em 7 de outubro de 2023, completa 100 dias neste domingo (14). Mais de 20 mil pessoas já morreram desde esta data.
A possibilidade de o conflito armado chegar ao fim continua baixíssima, tanto que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, garantiu que “ninguém vai parar” a ofensiva.
Ele ainda acrescentou que não fará “compromissos”, como um cessar-fogo.
Desejando uma “vitória total” contra o Hamas, o chefe de governo prometeu que a guerra continuará até que “todos os objetivos” do país sejam alcançados.
Apesar das várias negociações e das viagens diplomáticas para a região do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, as conversas para um cessar-fogo parecem estar paralisadas.
Enquanto isso, as forças israelenses continuam fazendo ataques aéreos nas regiões central e sul da Faixa de Gaza.
O Ministério da Saúde do Hamas informou hoje que a quantidade de mortos no enclave palestino em virtude do conflitou subiu para 23.968, além de milhares de pessoas feridas.
Por outro lado, mais de 130 reféns israelenses continuam sob o poder do grupo fundamentalista islâmico. Apesar da breve trégua para libertar alguns deles, o conflito só continua se espalhando e as chances de uma solução vão diminuindo.
“Nosso mundo parou em 7 de outubro de 2023. O contrato com o governo foi interrompido naquele dia”, lamentou Ruby Chen, pai de um dos reféns feitos pelo Hamas.
Em mais uma mensagem pelo fim dos conflitos armados pelo mundo, o papa Francisco declarou que a guerra é um “crime contra a humanidade”.
“As pessoas e o mundo precisam de paz. Não podemos esquecer aqueles que sofrem a crueldade da guerra em muitas partes do mundo, especialmente na Ucrânia, na Palestina e em Israel.
Rezamos para que aqueles que têm poder sobre estes conflitos reflitam sobre o fato de que a guerra não é a forma de resolvê-los”, pediu o líder da Igreja Católica durante o Angelus.
Na Argentina, o presidente Javier Milei assinará nos próximos dias, segundo o jornal Clarín, um decreto que incluirá o Hamas na lista de organizações terroristas.