As autoridades de Moçambique afirmaram que o número de mortos no país, em função do Ciclone Idai, subiu para 446. A atualização dos números se dá à medida que o nível da água vai baixando e permitindo o acesso a novos locais. O ciclone provocou fortes ventos, chuvas e inundações no país, além de atingir também países vizinhos, como Madagascar, Malaui, Zimbábue e a África do Sul.
O ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural de Moçambique, Celso Correia , acrescentou que 531 mil pessoas foram afetadas pelo ciclone, que atingiu o país no fim de semana passado. Os centros de acolhimento atendem, no momento, 109.733 pessoas. Dessas, mais de 6,5 mil requerem atendimento especial, como idosos e grávidas.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) estima que haja pelo menos 1 milhão de crianças afetadas pelo ciclone em Moçambique. Foi o país mais atingido pela tragédia. Foram registrados ventos de 150 km/hora.
O ministro lembrou que a água empoçada com a inundação também tem disseminado doenças. “É importante termos consciência de que vamos ter cólera, malária, já temos elefantíase, e vai haver diarreias. O trabalho está sendo feito para mitigar [os surtos]”, disse ele em coletiva de imprensa. A baixa da inundação, no entanto, já permitiu que o governo pudesse enviar médicos para várias regiões, para acompanhar a saúde da população local.
Ontem (23), já no final do dia, as autoridades locais conseguiram tirar a cidade de Beira, capital da província de Sofala, do isolamento. A Estrada Nacional Número 6 (EN6) foi reaberta após uma semana inacessível. A EN6 é aveida principal da região central de Moçambique. Atravessa as províncias de Sofala e Manica, ligando Beira ao Zimbábue.
*Com informações da RTP, emissora pública de televisão de Portugal; e da Agência ONU News, das Nações Unidas.