Porto Alegre enfrenta um novo repique da enchente, três semanas depois de ser invadida pela cheia do Guaíba. O nível da parede de água no Cento Histórico subiu 46 centímetros desde ontem.
Conforme dados da Rede Hidrometeorológica Nacional, a mínima do Guaíba foi de 3,82 metros entre meia-noite e 1h15 da manhã de quinta-feira (23). A cota é de 3,60 metros na Usina do Gasômetro. No entanto, devido às chuvas intensas que atingiram a cidade, a água voltou a subir. As comportas 3 e 14 voltaram a ser “fechadas”, com uso de 50 a 80 sacos feitos de ráfia, com areia e cimento.
O auge foi às 17h desta sexta-feira, quando o nível chegou a 4,29 metros, um acréscimo de 46 centímetros. Nas últimas medições, porém, voltou a tendência de leve queda. As medições caíram para 4,25 metros às 18h e voltou a 4,26 metros às 18h15.
Também houve registro de problemas na zona norte de Porto Alegre. Parte do dique do bairro Sarandi voltou a ter extravasamento. Os alagamentos na região, no entanto, não devem ser maiores que no início do mês. Bombas estão expulsando parte da água de volta para o rio Gravataí.
Cheia deve se prolongar
Conforme o IPH (Instituto de Pesquisas Hidráulicas) da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), os níveis do Guaíba devem oscilar nos próximos dias em torno da marca dos 4 metros.
Conforme análise, considerando a possibilidade de chuvas e ventos, o nível só deve se afastar dessa marca a partir do dia 30. As previsões foram elaboradas sob a liderança dos Professores Fernando Fan e Rodrigo Paiva e pelo Engenheiro Matheus Sampaio (mestrando no IPH/UFRGS e engenheiro da Rhama Analysis.